Um esquema de pagamentos irregulares para influenciar a cobertura midiática da campanha eleitoral em Canaã dos Carajás veio à tona, revelando uma rede de manipulação e favorecimento financeiro.
Segundo denúncias recebidas, uma agência de publicidade atuou diretamente para repassar dinheiro a veículos de comunicação locais, em troca de silêncio ou apoio à candidatura de um grupo político específico.
Fontes indicam que os repasses ocorriam de forma discreta: envelopes recheados de dinheiro vivo eram entregues aos proprietários de sites e outros meios de comunicação da região. A estratégia visava garantir uma cobertura favorável ao candidato apoiado e sufocar qualquer crítica que pudesse comprometer sua campanha.
Origem obscura do dinheiro e violação eleitoral.
As irregularidades apontam para um possível desvio de recursos públicos. Durante o período eleitoral, a legislação brasileira proíbe o uso de verbas institucionais para fins de propaganda governamental. No entanto, de acordo com informações obtidas, os pagamentos ocorreram justamente nessa fase crítica, levantando suspeitas sobre a origem dos valores distribuídos.
Além disso, gravações e mensagens trocadas entre um membro da agência de publicidade e os beneficiados pelo esquema indicam que os pagamentos eram apenas o início de um compromisso maior. A promessa era clara: após a campanha, os valores dos repasses aumentariam substancialmente, como uma espécie de recompensa pela lealdade mantida durante o processo eleitoral.
Promessas não cumpridas e a traição pós-eleição.
Entretanto, após a vitória eleitoral, a realidade foi outra. Veículos de comunicação que haviam sido contemplados com os “envelopes premiados” começaram a perceber que os acordos não seriam cumpridos. Segundo uma testemunha, um dos responsáveis pelo esquema chegou a dispensar um colaborador com um frio “não vamos mais precisar de você”, revelando o caráter descartável das alianças feitas durante a campanha.
O caso está sendo encaminhado ao Ministério Público de Canaã dos Carajás e Ministério Público Eleitoral que poderá investigar a responsabilidade dos envolvidos, incluindo membros da agência de publicidade, políticos beneficiados e os veículos de comunicação que aceitaram participar do esquema.
Se confirmadas as denúncias, o episódio pode configurar crime eleitoral e desvio de recursos públicos, podendo levar à cassação de mandatos, multas pesadas e até mesmo responsabilização criminal dos envolvidos.
A população de Canaã dos Carajás aguarda respostas, enquanto os bastidores dessa campanha milionária começam a ser desvendados.
Fonte: plantaocanaa.com.br



